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Receitinha nº1: tapioca rendada
   29 de janeiro de 2021   │     0:48  │  5

 

Primeira receita com o ingrediente nº1: afeto.

Nas minhas panelas, toda receita começa com afeto. Esse afeto que me enche de orgulho de Alagoas, que me fez viajar pelo mundo e voltar pra cá com saudade de coentro e tapioca.

Nesse primeiro post aqui no blog, não poderia ser diferente. O primeiro ingrediente de todos é o afeto. Por isso, quero dizer que estou muito feliz em poder compartilhar as minhas receitas com vocês.

Aqui vou trazer, toda semana, receitas com ingredientes que me trazem memórias afetivas. A massa puba que lembra cuscuz de casa de vó, o queijo coalho que tem gosto de café da manhã no interior, a carne de sol que tem o cheirinho dos almoços de domingo em família.

Tudo isso com um toque especial de criatividade pra você surpreender quem você ama, porque cozinhar é sempre uma forma de expressar carinho.

Pra começar com o pé direito, trago uma receita que tem tudo que amo: tapioca rendada com cebola roxa, carne de sol, queijo coalho e requeijão.

Tapioca rendada de queijo coalho e carne de sol acebolada com requeijão

Clique aqui

  • 100g de goma
  • 80g de queijo coalho ralado
  • Meia cebola roxa
  • Um dente de alho picado
  • 100g de carne de sol já dessalgada
  • Duas colheres de requeijão
  • Manjericão pra decorar
  • Uma colher de manteiga
Passo 1

Esquentar a frigideira com um pouco de manteiga, adicionar o alho e a carne de sol dessalgada, refogar um pouco e adicionar a cebola roxa, até pegar no fundo da frigideira, jogar um pouco de água para soltar esse fundo da panela que estão todos os sabores, apagar o fogo e adicionar o requeijão!

Passo 2

Em uma frigideira antiaderente colocar o queijo coalho ralado espaçado, depois peneirar por cima a goma e deixar formar a casquinha do queijo até dourar, virar rapidamente e retirar para rechear com a carne de sol em formato de canelone.

Passo 3

Cortar ao meio e finalizar com algumas folhinhas de manjericão e, se quiser, um fio de mel de engenho tb vai ficar uma delícia!

Que Desfrutem…

Prazer, Serginho Jucá
   27 de janeiro de 2021   │     22:12  │  1

Hoje eu vou contar pra vocês um pouco sobre a minha história com a gastronomia, que começou bem antes das aulas e dos trabalhos.

Tenho em casa uma grande referência, uma mulher inspiradora que é ícone da cozinha alagoana e me enche de orgulho: minha avó. Yeda Rocha, uma das 4 irmãs Rocha. Com uma musa inspiradora dessa, não tinha como dar errado.

Lembro bem das reuniões com toda família. As panelas fumegando no fogão, a casa cheia e o burburinho pra refeição começar. Mesa posta com pratos tão numerosos quanto a quantidade de gente. Eita família grande! Grande como as panelas de dona Yeda.

Resolvi, então, estudar gastronomia. Não foi fácil. Há 15 anos ser cozinheiro não era muito bem visto. Mas insisti e fui em busca do meu sonho, ser um chef de cozinha que conseguisse unir a técnica ao afeto dos ingredientes tão usados nos almoços da família.

É por isso que passei 7 anos estudando na Espanha, onde pude aprender na Escola de Hostelaria de Sant Pol del Mar e na Espai Sucre. Lá comecei a trabalhar em restaurantes e a ganhar prêmios, mas foi de volta a Maceió que o meu sonho começou a virar realidade.

Dizem que para ser um bom músico, é importante dominar a técnica para, então, conseguir arriscar a criar para além dos padrões. Acredito que ser cozinheiro é assim também. Se você domina a técnica, pode se sentir livre a ponto de criar usando isso a seu favor. Isso significa que o aprendizado não vai te impor amarras.

É isso que sempre tento fazer com as minhas receitas. A técnica é importante, mas fundamental mesmo é o afeto, as referências da culinária feita pela minha avó e os ingredientes que trazem todos os sabores de Alagoas. E é isso que vou compartilhar com vocês, toda semana. Vamos nessa?