Tradição e versatilidade: um mergulho no universo da tapioca
   15 de maio de 2021   │     11:11  │  0

A relação que o nordestino tem com a macaxeira é mesmo de se admirar. Essa raiz, tão brasileira quanto se pode ser, chegou às nossas mesas e se transformou em pratos diversos e saborosos.

Me arrisco a dizer que, em Alagoas, não há uma pessoa que nunca tenha provado alguma receita que leve esse ingrediente tão especial. No interior, então, é ainda mais comum encontrar quem, até hoje, a cultive e tire dela a sua sobrevivência.

Imagem retirada do documentário Projeto Samburá

Seja cozida, frita, como purê, transformada na boa farinha cantada pelo mestre Djavan ou nas tapiocas vendidas pelos quatro cantos do estado, nela tudo se aproveita. Macaxeira, como dizem, é símbolo de resistência.

Dessa diversidade toda, uma das minhas receitas preferidas é a de tapioca. As panquequinhas feitas a partir da goma da mandioca, inicialmente servidas apenas com o recheio de coco fresco ralado, hoje se diversificaram e adquiriram novos sabores, graças às combinações feitas com outros ingredientes da nossa terra e à criatividade da nossa gente.

Vivendo em Milagres eu tive a oportunidade de experimentar algumas das melhores tapiocas que já vi na vida e, nesse ranking, a Tapioca da Elisângela com certeza tem lugar privilegiado – a de lagosta com queijo coalho e cebolinha está entre as minhas preferidas, assim como a de doce de leite com farofa de castanha e banana. Quando você for à São Miguel dos Milagres, não deixe de conhecer.

Mas e aí, quer aprender a fazer uma tapioca deliciosa aí na sua casa? É fácil!

Peneire a goma bem fininha até fazer renda nas pontas, como no vídeo, e recheie com o que você mais gosta. Vale de tudo: de doce de leite à carne do sol ou o clássico queijo e ovo.

 

 

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