Receita Sem Glúten para Celíacos
   17 de maio de 2023   │     16:48  │  0

Opa pessoal! Hoje vou compartilhar com vocês  uma receitinha deliciosa de  Wrap Transparente de Salmão e Pitaya. Mas antes, deixa eu contar uma história que se conecta com essa receita. Tudo começa com a minha mãe, Carol, que é celíaca. A doença dela foi o que me impulsionou a explorar receitas sem farinha branca e sem glúten, e é por isso que trago essa receita para vocês.

Serginho Jucá e sua mãe, dona Carol na Orla de Maceió

Você já ouviu falar em doença celíaca? Se você pensou que é uma doença rara que afeta apenas algumas pessoas, pense de novo! A doença celíaca é mais comum do que você imagina e pode causar um tremendo desconforto para aqueles que a têm. Basicamente, é uma condição em que o sistema imunológico reage de forma exagerada ao glúten, uma proteína encontrada em cereais como trigo, cevada e centeio. Quando uma pessoa celíaca consome glúten, isso desencadeia uma resposta imunológica que danifica as vilosidades do intestino delgado. Portanto, quando elas são danificadas, a absorção de nutrientes essenciais fica comprometida.

Como eu morei fora durante sete anos, em Barcelona, na época em que ela descobriu a doença, não convivemos tanto nesse começo. Lembro-me bem das visitas que fazia a ela, e naquela época, a doença era algo novo e não tão falado. As opções disponíveis geralmente eram produzidas por pessoas que também eram celíacas e que se aventuravam na cozinha para vender seus produtos. Porém, eram difíceis de serem consumidos, me lembro que eram alimentos duros e sem sabor. 

 A boa notícia é que, nos últimos anos, houve um aumento significativo na oferta de produtos sem glúten em restaurantes e supermercados. No Brasil, especificamente no Nordeste e no estado de Alagoas, essa tendência também é observada. Muitos estabelecimentos estão se adaptando às necessidades dos celíacos e oferecendo opções de refeições sem glúten em seus cardápios. Além disso, lojas especializadas em produtos naturais e saudáveis estão surgindo, proporcionando uma variedade ainda maior de alimentos sem glúten.

E o resto do mundo não fica para trás! Países como Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e Austrália têm uma ampla gama de opções de alimentos sem glúten disponíveis. A conscientização sobre a doença celíaca tem aumentado e, consequentemente, a demanda por alimentos sem glúten também.

Sempre digo que minha mãe teve sorte nisso. Hoje em dia com o avanço do mundo fitness, a indústria acordou para essa fatia de mercado que é maior que a dos celíacos, mas consequentemente o mercado está oferecendo mais opções deliciosas, que se equiparam a comidas saborosas que contém o glúten. Temos substituições como farinha de arroz e farinha de grão-de-bico, e agora produtos disponíveis nas prateleiras dos supermercados convencionais, como macarrão por exemplo . Acredito que hoje seja um pouco mais fácil se alimentar com comida gostosa, mesmo diante das dificuldades impostas pela doença.

Minha mãe é uma ótima cozinheira e tenho várias referências culinárias vindas dela. Se eu tivesse que escolher algo que herdei dela, seria o interesse por comida e o talento para descobrir lugares incríveis para comer. Acho que herdei muito isso e com a Ísis, minha filha, tento replicar, estamos sempre em busca de novidades, experimentando. Minha mãe sempre foi aquela pessoa curiosa que acha aqueles cantinhos onde você nunca imaginaria encontrar uma comida sensacional.Serginho Jucá com sua filha Isys e sua mãe, dona Carol.

Após a doença, o leque de opções diminuiu, e acabamos frequentando mais restaurantes que oferecem comida regional, onde encontramos opções sem glúten, como macaxeira, inhame, cuscuz, carne de sol e queijo coalho. Além disso, conhecemos lugares específicos que ela sabe que não utilizam glúten e produtos como o tempero Sazón, que contém glúten e está fora de questão.m, alem de lugares em que ela não pode comer devido à contaminação direta ou indireta ( ex: uma tapioca feita numa chapa que assa pão ) 


E é isso, galera! Essa é a história da minha mãe, uma pessoa celíaca, e de como encontramos maneiras de fazer com que ela continuasse desfrutando de comidas deliciosas. A vida é cheia de desafios, mas com um pouco de criatividade e amor, é possível superar qualquer obstáculo e desfrutar de uma alimentação gostosa e saudável. Se você também tem restrições alimentares, não desanime. Há sempre alternativas deliciosas e incríveis esperando para serem descobertas. 

Agora vamos para a receita do delicioso Wrap Transparente de Salmão e Pitaya.

Ingredientes:

  • 150g de Salmão
  • 1 Pitaya
  • 50g de Repolho Branco ralado
  • 1 maço de Cebolinha
  • 100mL de Shoyu
  • 2 folhas de Arroz
  • 4 folhas de Alface

Modo de Preparo:

Hidrate a folha de arroz em água rapidamente e recheie com os ingredientes
Corte ao meio e sirva sobre folha de alface e shoyu.

Aproveite e boa receita! 😋 Até a próxima!

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Cappuccino do Dr. Noaldo Dantas 
   10 de maio de 2023   │     20:19  │  2

Opa pessoal, hoje eu gostaria de falar não só de  gastronomia, mas também de uma grande personalidade. Sempre gosto de atrelar as minhas receitas às minhas histórias. Hoje, no entanto, gostaria de compartilhar a receita  de cappuccino a história de uma figura muito importante: o Dr. Noaldo Dantas.

Você já deve ter ouvido falar sobre sua excelente reputação quando se trata do planejamento estratégico de empresas, organizações de classe, entre outras instituições, ou mesmo já deve ter tido a honra de participar de alguma de suas palestras. O Dr. Dantas atua há 37 anos na área de planejamento estratégico, utilizando ferramentas de processo criativo com atuação internacional. 

Dr. Noaldo Dantas

A ideia de falar sobre a receita do cappuccino do Dr. Noaldo veio depois de um convite para o seu evento: “Disruptive-se”, que ocorrerá no final desse mês. Junto com o convite, fui presenteado com um brinde personalizado: um frasco com seu famoso capuccino e uma xícara. Depois de, é claro, ter experimentado, aprovado, e achado delicioso, não poderia deixar de pedir para compartilhar com vocês a  receita exclusiva do cappuccino do Dr. Noaldo Dantas. 

Sempre servido em seu escritório, o capuccino já virou um clássico para quem vai lá. Afinal, quem não adora apreciar o gosto de um delicioso cappuccino no meio do dia para acompanhar  uma reunião ou um bate-papo com o inteligentíssimo professor?

É unânime que o cafezinho é adorado pelos brasileiros. Independente do nosso  clima quente e tropical, faz parte da nossa cultura e não abrimos mão dele, não é mesmo? O capuccino, por sua vez, é a pedida perfeita para quem quer continuar o dia a todo gás, mas não dispensa sentir aquele gosto mais docinho da junção do café com o leite, a canela e o chocolate  para acalmar a alma. 

Capuccino

 

Vale ressaltar, que a canela e o chocolate em pó foram adições que nós fizemos aqui no Brasil. O capuccino é uma criação italiana, tradicionalmente feita por  divisões não exatas de café expresso, de leite e  de leite vaporizado. Há quem aponte que o capuccino surgiu no século XVI pelo monge italiano Marco D’Aviano, durante a contenção do avanço Islâmico na Europa.

Enquanto James Hoffmann, autor do livro The World Of Coffee, nos conta que a definição de expresso, leite e leite vaporizado surgiu depois do nascimento do capuccino, e que na verdade, o nome original da bebida era kapuziner,  e foi criada em Viena no século XIX. Sua composição inicial era uma mistura de café coado, leite ou creme. Além disso, a cor da bebida se assemelhava à cor das vestes capuchinhas dos monges. 

Atualmente a definição da tão famosa  bebida mudou, assim como o seu tamanho. Segundo a Specialty Coffee Association (SCA) ou o  World Barista Championship (WBC), o capuccino é composto por café e leite de 5 a 6 onças (aproximadamente 150 a 180 ml). Preparado com uma única dose de expresso, leite texturizado e um mínimo de 1 cm de profundidade de espuma. 

Sendo assim, em muitas cafeterias, o capuccino é servido com menos leite em sua composição para que o consumidor tenha mais chance de saborear o gosto do café isoladamente, podendo assim perceber suas diferentes e únicas notas. 

No entanto, eu, particularmente, acho que não devemos nos apegar muito às definições, mas ao que combina com o nosso gosto e paladar. É um dos motivos pelos quais gosto de compartilhar receitas com vocês. É através dessa prática, que podemos moldar, remodelar, inventar e reinventar os sabores dos alimentos ao nosso gosto. 

A vida é feita de pequenos prazeres que nos presenteamos todos os dias. Mesmo com a rotina corrida, com  a agenda lotada, com os pepinos para resolver, com as burocracias que não temos controle, nós somos os responsáveis por escolher como devemos reagir aos problemas diários, as adversidades e o cansaço inevitável. 

É por isso que eu acredito que um dos maiores prazeres da vida vem do paladar, da nossa capacidade de degustar e saborear. Junto com ele, o ato de cozinhar, que  também pode nos proporcionar uma grande sensação de bem estar. Além do ato em si ser terapêutico, nos dá a possibilidade de servir e compartilhar momentos com quem interagimos e trocamos ideias no dia-a-dia, com as pessoas com quem trabalhamos e convivemos. 

Para finalizar, gostaria de compartilhar uma  frase do ilustre e  queridíssimo amigo, professor Noaldo, “O conhecimento se aprende estudando e a habilidade praticando”. Gostei dessa frase porque acredito que  o mesmo acontece na gastronomia. Nós podemos estudar, como eu estudei, podemos atender cursos no exterior para entender mais sobre a cozinha em outros países e culturas, assim como descobrir o uso de novos ingredientes, mas acredito que é preciso desenvolver a habilidade de cozinhar, e para isto, não há segredo. A prática te presenteia com a habilidade. 

Ah, como sempre que venho aqui é  para trazer boas novas aos meus leitores, através de novas receitas, também não deixaria de te lembrar do evento Disruptive-se do Dr. Noaldo. Este será  voltado para desenvolvimento pessoal e liderança no final deste mês. Os participantes terão a oportunidade de aprender mais sobre  estratégia, gestão emocional, planejamento estratégico pessoal, oratória, posicionamento digital, resiliência e coragem. Vale a pena dar uma conferida para garantir a vaga. 

Agora vamos para a revelação da receita do Cappuccino do Dr Noaldo Dantas. Segundo Dr. Noaldo, esta receita é apenas para quem deseja virar as chaves e dar o próximo passo para uma vida DISRUPTIVA:

Ingredientes: 

  • 1 lata de leite em pó (400g)
  • 100g de café solúvel 
  • 2 colheres (sopa) bem cheia de canela em pó
  • 2 colheres (sopa) de chocolate em pó
  • 1 colher (sopa) de bicarbonato de sódio em pó

– rende 40 xícaras –

Modo de fazer: 

Em uma xícara de 200ml, acrescente água quente, 4 colheres de cappuccino Dantas, é adoce como preferir.

Depois me conta aqui nos comentários como foi sua experiência com a receita e em quais ocasiões  você prefere tomar o capuccino.

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Beiju de tapioca com parmesão, tomate e manjericão super fácil
   11 de abril de 2023   │     23:43  │  0

Antes de falar sobre a deliciosa receita de Beiju de tapioca com parmesão, tomate e manjericão, vou contar para vocês um pouco da história por trás desse ingrediente tão consumido e apreciado na culinária brasileira: a goma e as deliciosas iguarias originadas pelo seu uso, como o beiju, um dos queridinhos na cozinha das minhas avós. 

Primeiro de tudo, é preciso discernir o que é tapioca e o que é goma. Goma é a fécula extraída da mandioca e a  tapioca é o prato final, aquele que   recheamos com outros diversos ingredientes. Para quem mora em Maceió, assim como eu, já deve ter visto as famosas barracas das Tapioqueiras feitas especialmente para o comércio de mais de 80 sabores de  tapiocas, na orla de Maceió. 

As possibilidades de recheio são mesmo infinitas. São mais de 30 barracas que oferecem o produto alvinho, onde os turistas, e até mesmo nós, nativos da capital,  vão até a orla, especialmente no final de tarde, para apreciar o pôr do sol e saborear uma das deliciosas opções de  tapioca. 

Mas, a verdade é que  a queridinha massa branca é prato certo e não tem hora e nem lugar certo para seu consumo. Ela está presente na mesa do café da manhã acompanhada de um café quentinho, ou no lanche da tarde acompanhada de um suco de fruta. 

É um dos pratos mais tradicionais em Alagoas, e mais predominante no Norte e Nordeste do Brasil. Mas, não é apenas nas duas regiões que essa iguaria é consumida. Ela é consumida em todo o Brasil, em diversos estados e até mesmo no exterior. No Centro Oeste, Sudeste e Sul, por exemplo, é conhecida como Polvilho Doce, e aqui no Nordeste e no Norte, muita gente  se refere à tapioca como Goma. 

Alguns dos  fatos interessantes sobre a  tapioca é que ela tem  origem indígena e foi descoberta em Pernambuco. Pouco após os primeiros anos de conquista e colonização, pela falta de trigo,  os colonizadores portugueses a consumiam  como substituta para o pão. O hábito se espalhou pelos demais povos indígenas, como os cariris no Ceará e os Jês, na Amazônia oriental, e posteriormente se tornou a base da alimentação dos escravos no Brasil. 

Interessante notar que podemos encontrar esse hábito de substituir a tapioca pelo pão nos dias atuais.  Já que, ao contrário das farinhas de trigo e até mesmo farinhas de aveia, a tapioca não tem glúten ou lactose. Dependendo do recheio, ela pode continuar uma refeição de baixíssimo teor calórico, substituta perfeita para quem está seguindo  uma dieta focada em emagrecimento, ou com restrições.

Outro fato interessante é que a tapioca é um alimento reconhecido como patrimônio histórico e artístico cultural imaterial brasileiro pela UNESCO. Eita alimento poderoso! 

Agora vamos falar um pouco do Beiju!

Beiju com emulsão de gorgonzola e geleia de abacaxi com bacon

Na minha casa, comíamos mais o beiju, que  nada mais do que uma tapioca desidratada, mais fina e crocante. Ao passar pela panela, ela fica crocante como se fosse uma cream cracker. É uma coisa que as minhas avós sempre faziam  e a gente sempre tinha em casa para comer com manteiga ou com requeijão. 

Agora, tento trazer o beiju para o meu cardápio sempre que possível e das formas mais variadas. No restaurante eu sirvo ele com emulsão de gorgonzola e uma geleia de abacaxi com bacon. 

Segui a receita do Beiju de parmesão com concassé de tomate e manjericão. Ficou uma delícia e é por isso que trouxe para vocês aqui. Dá uma conferida. Espero que gostem!

Receita de Beiju de Parmesão com Concassé de tomate

  • 200g de goma 
  • 100g de parmesão 
  • 50ml de azeite de oliva 
  • 2 tomates sem sementes picados 
  • Sal 
  • Pimenta 
  • Folhas de manjericão

Modo de preparo:

Peneire a goma na frigideira até formar uma camada fina.

Adicione o queijo parmesão ralado, retire da frigideira e coloque no forno até dourar levemente o queijo. 

Tempere o tomate com sal, pimenta, folhas de manjericão e azeite de oliva.

Sirva os beijus e finalize com o tomate temperado e as folhas de manjericão. 

Depois me conta aqui nos comentários como foi sua experiência com a receita, se gostou, e como você costuma comer a tapioca ou o beiju.

 

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O segredo da Panela de Caruru da vó Yêda Rocha eram os quiabos da Massagueira
   25 de novembro de 2022   │     8:41  │  2

Eu lembro que  vó Yêda Rocha sempre fazia uma panela de Caruru divina. Como você já deve ter experimentado ou ao menos ouvido falar, o caruru é um prato tipico da culinária brasileira.  Mas, hoje falarei sobre a panela de Caruru que vó Yêda   fazia.

O talento e o amor pela gastronomia vêm de família. Vó Yêda conta em seu livro “Delícias da Cozinha Alagoana”, que aprendeu a receita de Caruru com tia Lili: “Irmã do nosso pai, era uma cozinheira fina e guardiã das boas receitas antigas da família…”.

Foi também por suas temporadas em meio aos fornos do Engenho Varrela que boas receitas surgiram. Eu fico muito lisonjeado em fazer parte da história que existe por trás de cada receita que minha avó compartilhou com a gente. Assim posso trazer um pouco do legado da tradicional da gastronomia alagoana para a nossa cozinha.

O mais legal é recordar que  vó Yêda  sempre comprava os quiabos de um senhorzinho que tinha uma plantação na Massagueira. O que fazia toda a diferença no resultado final, porque os quiabos eram bem fresquinhos e novinhos.

Nós  comemos esse caruru a vida toda. E é  por isso  que acredito que  a gastronomia tem esse valor tão simbólico para mim. Ela vem dos momentos em família. Faz parte da nossa história, da nossa cultura. Quando cozinho a panela de Caruru que a vó Yêda ensinou, é uma maneira que encontro de sempre voltar as minhas raízes.

Ela partiu este ano, e embora eu sinta muitas saudades, poder fazer e compartilhar a sua receita, é uma forma de dar vida a vó Yêda. De lembrar que devemos continuar festejando e  brindando as nossas conquistas ao redor de uma mesa farta de panela de caruru na companhia dos nossos amigos e familiares.

A panela de Caruru tem o quiabo como principal ingrediente. Um fruto trazido junto com o dendê para o Brasil pelos africanos escravizados, constituindo hoje um prato típico da culinária nordestina.

Além de protagonista de receitas deliciosas, o quiabo é consumido de várias formas, e  traz vários benefícios à saúde. Importante para visão, mucososas em geral e para a pele. Além de ser rico em  vitamina C e B1 e antioxidantes. É  por isso que também ajuda no aumento de defesas do organismo, prevenindo doenças e envelhecimento precoce.

É o ingrediente essencial para aquela acarajé que dá água na boca. Mas, em Alagoas, o quiabo é um protagonista  da receita que trago para vocês hoje.

Vamos lá para receita de Panela de Caruru da vó Yêda!

 Ingredientes:

 100 quiabos verdinhos

3kg de camarão

Azeite de Oliva

Alho socado

Cebola ralada

700 ml de leite de coco Sococo (ou leite de quatro cocos)

1 litro de agua fervente (para o leite dos cocos)

Tempero para o molho (um tomate, um pimentão e um dente de alho, todos picadinhos, bastante cebola cortada em rodelas, extrato de tomate, pimenta-do-reino, limão, coentro e sal)

1 pires (bem cheio) de amendoim sem pele e torrado

1 pires (bem cheio) de castanha de caju

Uma palma (pedaço pequeno) de gengibre descascado e ralado.

Azeite de dendê

Farinha de mandioca (com goma), se necessário

 Primeira etapa do preparo

Lave os quiabos inteiros, raspe para retirar os pelos e enxugue-os bem. Corte-os em rodelas e leve ao fogo com água já quente. Deixe cozinhá-los sem mexer, para não desmanchá-los. Evite que o quiabo junte muita agua. Não tampe a panela nem coloque tempero, para não perder a cor. Reserve.

Segunda etapa do preparo

 Refogue o camarão com bastante azeite de oliva, alho socado e cebola ralada. Reserve.

Terceira etapa do preparo

 Tire o leite dos cocos com água fervente. Faça um molho bem temperado e incorpore ao leite de coco. Leve ao fogo, mexendo sem parar, até cozinhar os temperos. Bata no liquidificador e volte ao fogo sem peneirar. Ajuste o sal e continue cozinhando até o molho engrossar. Retira uma concha deste molho e bata no liquidificador, junto com o amendoim, a castanha e o gengibre. Acrescente ao molho de coco. Reserve.

Última etapa do preparo

Misture o quiabo e o camarão ao molho de coco. Volte ao fogo para ferver, mexendo delicadamente. Verifique o sal e adicione o azeite de dendê. Caso tenha juntado muita água durante o cozimento dos quiabos, engrosse com um pouco de farinha de mandioca com goma, desmanchada a parte para não embolar.

Acompanha Arroz de coco e Molho de camarão e pimenta.

Bom apetite e depois me conta sua experiência com a panela de Caruru!

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PANCs: opções saudáveis e deliciosas
   14 de maio de 2022   │     9:53  │  0

Quando a gente fala de PANCs, quem está ao lado sempre acha que estamos falando do movimento musical de rock lá dos anos 1970, mas na verdade a gente está se referindo às plantas alimentícias não convencionais, como ora-pro-nóbis, flor de abóbora, clitória, begônia, dente-de-leão, flor de hibiscos e tantas outras. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Como o próprio nome já diz, PANCs, plantas não convencionais, geralmente não estão inclusas no nosso cardápio: ou por falta de conhecimento e oportunidade ou por puro preconceito. Para se ter uma ideia, há algum tempo até a rúcula era considerada uma erva daninha. Um dos fatores que contribuem para essa falta de conhecimento é o difícil acesso a essas plantas em supermercados, por exemplo. 

Antigamente, com a vida majoritariamente no campo, era muito comum o uso dessas plantas no dia a dia, e esse comportamento tem voltado aos poucos. Com a disseminação de informação, as PANCs têm ganhado cada vez mais espaço e visibilidade. Já se sabe que para uma dieta mais diversa e saudável, vale a pena incluí-las na alimentação do dia a dia. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O dente-de-leão, por exemplo, é rico em vitaminas A e C, suas flores e folhas podem ser consumidas e suas raízes torradas são uma excelente bebida para os amantes do café, pois tem um sabor bem parecido.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O hibisco, mais conhecido no mundo fitness, é anti-inflamatório, antioxidante e é um aliado no combate à pressão alta.

Foto: Quadrado Pousada.

Aqui “no meu quintal”, em São Miguel dos Milagres, é bastante comum a gente ver a clitória, uma PANC belíssima, toda roxinha, muito usada em saladas, chás e óleos essenciais. Da família do feijão e da ervilha, a clitória é rica em muitos nutrientes, sendo indicada até para picada de cobra!

E aí, gostou de saber um pouco mais sobre as PANCs? Continue acompanhando o blog que, em breve, tem receitinha com uma dessas riquezas! 

 

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Comida com gosto de mãe
   6 de maio de 2022   │     19:26  │  0

O Dia das Mães com certeza é uma das datas mais icônicas e tradicionais. É aquele dia de reunir a família inteira para celebrar a dádiva de ter a mãe, ali, pertinho. Lá em casa nunca foi diferente, o segundo domingo de maio sempre foi de casa e mesa cheias.

 

Ainda criança na beira da saia das Irmãs Rocha, e junto da minha mãe, eu já começava a tomar gosto pela gastronomia e a construir minhas memórias afetivas. A receita que trago hoje é um ensopadinho de batata e camarão feito divinamente por minha mãe. Por isso, celebrar essa data tão especial fazendo um dos pratos dela me emociona demais! Vamos aprender?

Ingredientes para o caldo base:

• 500ml de leite de coco;
• Azeite;
• Alho;
• Gengibre;
• 1 cebola roxa;
• 1 pimentão amarelo;
• 1 pimentão vermelho;
• 2 tomates;
• Colorau a gosto;
• azeite de dendê;
• molho de pimenta.

Modo de preparo do caldo:
• Doure o alho e o gengibre no azeite;
• Espere um pouquinho e, antes de refogar, coloque também a cebola e deixe dourar;
• Logo em seguida, refogue os pimentões e o tomate;
• Adicione o leite de coco e um pouquinho de água;
• Coloque o coentro, a cebolinha, um fio de azeite de dendê, gotinhas do molho de pimenta, sal e colorau.
• Cozinhe por 30 minutos e reserve.

Ingredientes para o camarão:
• 400g de camarão;
• Água;
• Manteiga;
• Alho;
• Sal;
• 2 batatinhas;
• Salsa;
• Cebolinha;
• Coentro;
• Pimenta-do-reino;
• Limão-siciliano.

Modo de preparo do camarão:
• Refogue o alho e o camarão e reserve;
• Na mesma frigideira, coloque as batatinhas cortadas em cubinhos;
• Adicione o caldo base, a água (mesma quantidade do caldo) e deixe cozinhar;
• Coloque os camarões, a salsa, a cebolinha, o coentro e finalize com raspas de limão-siciliano. Pronto! Agora é só montar uma mesa linda e aproveitar o dia com sua mãe.

E por falar em Dia das Mães, este será o primeiro sem nossa matriarca, vó Yêda, que com sua alegria e espírito únicos animava todos os almoços e celebrações em família. Nunca vou esquecer dos inconfundíveis pasteizinhos de açúcar e da sua famosa maionese de camarão! Incríveis! Quem sabe não trago um dia aqui a receita desses dois clássicos? Continue acompanhando o blog e me siga também nas redes sociais (@chefserginhojuca) para mais dicas de receitinhas deliciosas.

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Rapadura é doce e uma delícia!
   30 de abril de 2022   │     12:36  │  0

Se o ditado diz que “a rapadura é doce, mas né mole, não”, eu digo  que, apesar de não ser mole, ela é um ótimo ingrediente e pode estar presente em grandes pratos da culinária nordestina e brasileira. E, como bom nordestino que sou, não poderia deixar de usar essa delícia nas minhas receitinhas.

Da mesma forma que o melaço – falei sobre ele na semana passada, clique aqui e veja –, a rapadura vem da cana-de-açúcar e passa pelo mesmo processo de produção. Nesse caso, o caldo é fervido até reduzir. Logo após, é só esfriar e aproveitar a rapadura!

A ideia de se fazer a rapadura veio da necessidade de transportar a cana com mais facilidade, assim o produto suportava longas viagens e mudanças climáticas sem perder suas propriedades. E olha só que curiosidade legal: o gesto de raspar essa superfície sólida na hora de consumir foi que deu origem ao nome rapadura!

Além de ser utilizada em preparos doces e salgados, a rapadura tem sido uma ótima alternativa para quem pratica exercícios, pois, por ser rica em carboidratos, aumenta a glicemia e produz mais energia para os treinos. É uma ótima substitua dos energéticos, e ainda é fácil de transportar.

Mas o que a gente gosta mesmo é de comer essa delícia como um bom doce, simples, barato e muito fácil de encontrar, principalmente aqui no Nordeste, onde 60% da rapadura nacional é produzida, tornando o Brasil o sétimo país no ranking dos produtores mundiais.

E para não ficar apenas na falação e deixar vocês aí morrendo de vontade, vou ensinar o passo a passo de uma receita deliciosa de filé ao molho de rapadura. Vamos lá?

 

 

 

Ingredientes para o filé:

  • 200g de filé;
  • Sal e pimenta a gosto;
  • Alho amassado;
  • Um ramo de alecrim;
  • Azeite;
  • Manteiga.

Modo de fazer do filé:

  • Tempere o filé com sal e pimenta;
  • Deixe uma frigideira aquecer bem e adicione um fio de azeite;
  • Doure o filé e adicione um alho amassado, um ramo de alecrim, uma colherinha de manteiga e deixe caramelizar e dar a última dourada dando o ponto – para quem gosta de carne bem passada, deixe o pedaço mais fino, quem gosta mal passado, corte em pedaços maiores. Está pronto!

Ingrediente para o molho de carne e rapadura:

  • 1kg de osso;
  • 1L de água;
  • 200g de cebola;
  • 200g de cenoura;
  • 1 alho;
  • 2 folhas de louro;
  • 1L de vinho;
  • Talos de salsinha e cebolinha;
  • 1g de amido de milho;
  • 250g de rapadura.

Modo de fazer:

  • Doure os legumes até caramelizar o fundo da panela;
  • Adicione a água, o vinho tinto seco, os ossos, a folha de louro e deixe cozinhar em fogo baixo por 3 horas;
  • Coe, adicione o amido de milho, a rapadura e leve ao fogo para ferver até ficar uma textura homogênea. Pronto! Agora é só aproveitar!

Se fizer essa receitinha em casa, já sabe: compartilhe e me marque nas redes sociais para eu conferir. É @chefserginhojuca!

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O inconfundível melaço de cana!
   23 de abril de 2022   │     10:04  │  0

 

Quando a gente pensa em gastronomia, geralmente vêm à mente pratos clássicos e uma ideia de rebuscamento, de sofisticação… Então, de imediato, parece muito distante do nosso dia a dia, mas a gente esquece que aquelas receitas que saltam aos olhos e, principalmente, conquistam nosso paladar têm em sua composição ingredientes simples, que estão ali à distância do braço, na nossa cozinha.

Por ter acompanhado vó Yêda de pertinho, cozinhando e fazendo receitinhas maravilhosas, com ingredientes simples e bastante acessíveis, sempre tive muito forte em mim a ideia de trazer esses elementos em meus pratos. Quem acompanhou o programa Mestre dos Sabores, na Globo, talvez se lembre de alguns deles.

E um ingrediente, que é muito tradicional aqui no Nordeste, especialmente em Alagoas, é o melaço de cana, que, como o nome já diz, vem da cana-de-açúcar. Logo depois da extração do caldo, a cana passa por um processo de clareação e é fervida nos famosos tachos de bronze, produzindo um caldo espesso, de cor escura e de um sabor adocicado que nos remete ao caramelo com um fundinho de amargor inconfundível… Nossa! Só de lembrar já me dá água na boca. Uma delícia!

Ah! Além de saboroso, o melaço também é rico em diversos nutrientes, o que faz com que ele também seja usado como adubo natural, garantindo uma safra farta e nutritiva. Mas isso só foi descoberto bem depois, porque, no começo, lá no tempo dos engenhos, o melaço era utilizado mesmo na alimentação, como acompanhamento. E o meu jeito favorito de comer melaço de cana é com um queijinho coalho assado na beira da praia. Bom demais!

 

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Pra manter a tradição, o bom e velho bacalhau!
   13 de abril de 2022   │     15:43  │  0

Recentemente publiquei aqui uma receita de peixe assado com crosta de banana-da-terra acompanhado de um arroz de Babaré para aqueles que gostam de dar uma repaginada em pratos tradicionais (clique aqui e confira).

E hoje, seguindo a tradição, vou ensinar um preparo do bom e velho bacalhau, um delicioso escondidinho de bacalhau, que não pode faltar nessa data tão especial que é a Semana Santa.

Falando em tradição, vocês sabiam que o bacalhau foi trazido pelos portugueses quando vieram para o Brasil por ser um peixe que, conservado com bastante sal, suportava longas viagens pelos mares afora? Pois é, além disso, o fato de o Brasil ser um país com um grande número de católicos ajudou a popularizar essa iguaria por aqui. Isso porque, em datas religiosas, como o Natal e a Páscoa, evita-se o consumo de carnes vermelhas, aumentando consideravelmente a busca pelos pescados. Entre eles, o nosso bacalhau.

Então, se você, assim como eu, adora esse belo peixe, se liga nessa receitinha especial que preparei para vocês. Aproveita e acompanha o passo a passo no vídeo abaixo para caprichar nessa delícia e deixar sua Páscoa ainda mais especial.

Para isso, os ingredientes que você vai precisar são:

  • 300g de lombo de bacalhau dessalgado;
  • 200g de macaxeira cozida;
  • 50g azeitona preta com caroço;
  • 100ml de leite de coco;
  • 100ml de azeite de oliva;
  • 50g de tomate seco;
  • 2 cebolas roxas;
  • 50g de queijo parmesão ralado;
  • 5 dentes de alho.

Modo de preparo:

  • Limpe o bacalhau e corte em pedaços grandes;
  • Em uma frigideira, refogue o alho com azeite de oliva até dourar. Refogue também a cebola roxa e depois, o tomate seco e o bacalhau, refogando tudo até cozinhar o bacalhau;
  • Enquanto isso, cozinhe a macaxeira e triture com azeite, um pouco da água do cozimento e leite de coco;
  • Corrija o sal, se necessário, e leve a uma panela para ferver e incorporar todos os sabores.

Agora, vamos à montagem do prato:

Num refratário, coloque o bacalhau embaixo, cubra com o purê de azeitona e a macaxeira e finalize com queijo ralado. Leve ao forno e deixe dourar. Pronto! Agora é só aproveitar! E já sabe, né? Se fizer essa receitinha em casa, não deixe de compartilhar, de me marcar (@chefserginhojuca) e marcar a Gazetaweb (@gazetaweb) nas redes sociais.

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Bolo de macaxeira do seu Badeco: de Riacho Doce pra sua mesa!
   9 de abril de 2022   │     7:03  │  0

Promessa é dívida! Como falei na semana passada, hoje vou trazer a receita que apresentei no 36º Encontro Nacional da Abrasel, e que, modéstia à parte, fez o maior sucesso. O bolo de macaxeira que usei na receita carrega muita história, e um de seus personagens principais é o seu Badeco, que encanta todo mundo com esse bolo incrível lá em Riacho Doce, onde ele também serve beiju, brasileiras e o famoso bolo de massa puba,

Como a gente sabe, Riacho Doce é famoso pelos seus quitutes vendidos em barracas na beira estrada. Lá a gente encontra produtos feitos principalmente à base de mandioca, como bolos, pés de moleque, tapiocas e beijus. Seu Badeco é uma figura ilustre na região e há 45 anos marca presença com seus preparos, como o bolo de macaxeira feito em forno de chão, construído com tijolos, do jeitinho que pede a tradição.

E esse bolinho tradicional do Nordeste harmonizou perfeitamente com doce de leite de café e tartar de banana, a receita que apresentei lá no encontro da Abrasel. Mas eu garanto: também vai ficar uma delícia acompanhado de um café quentinho, passado na hora. Deu água na boca? Então anote os ingredientes pra fazer aí na sua casa:

  • 500g de macaxeira ralada (crua);
  • 1 e 1/2 xícara de chá de açúcar (270g);
  • 2 colheres (sopa) de manteiga (40g);
  • 2 ovos;
  • 1 garrafinha de leite de coco (200 ml).

Modo de fazer:

  • Numa tigela grande, junte o açúcar, os ovos e a manteiga;
  • Misture bem até dissolver o açúcar e adicione o leite de coco;
  • Por último, acrescente a macaxeira ralada e misture até que fique bem homogêneo (massa fica um pouco mole por não levar farinha de trigo);
  • Despeje numa forma untada com manteiga;
  • Leve para assar em forno preaquecido, 180Cº, por cerca de 50 minutos;
  • Espere amornar, desenforme e sirva.

Ah! Se fizer essa receita, não deixe postar e de me marcar (@chefserginhojuca) e marcar a Gazetaweb (@gazetaweb). A gente vai adora ver o resultado!

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